Era noite e todos sonhavam em seus aposentos,
Silêncio nas ruas e algumas janelas abertas.
O ar frio invade o quarto e o corpo quente de sangue,
E a lua ilumina os homens que andam as pressas.
Alguém se destaca pelos modos e assusta!
Dentes alvos, rosto pálido, sedução inaudita...
Caminha levemente, quase flutua na penumbra,
Sente sede e seu instinto chama, rodopia, grita!
A esta hora uma jovem dorme, pura, indefesa.
Com o corpo perfumado, o exagero da beleza.
O convida de forma inconsciente, a pobre menina.
Que foi se enclausular em sonhos seus, sozinha.
Alguém surge no quarto, como mágica, de súbito
E sente-se atraído pelo seio rubro que o espera.
Aproxima-se do corpo e crava os dentes abaixo da nuca,
A donzela fenece e sua inocência degenera.