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EU, ELDER F.


Livros, filmes, fotografias e histórias contadas pela metade.

Resenha: 'Battle Royale' - Koushun Takami e Masayuki Taguchi

Em um futuro próximo, turmas de primeiro ano colegial são escolhidas aleatoriamente para competir em "O Programa", um popular reality show que exige que seus participantes batalhem até a morte em um local secreto. Nesta turma estão Shuuya Nanahara, Noriko Nakagawa, Shogo Kawada, Kazuo Kiriyana e Mitsuko Souma. Cinco estudantes completamente diferentes que encontram-se agora trilhando um caminho comum, no qual devem caçar seus amigos e matá-los ou devem perecer, seguindo a única regra do Programa, "matar ou morrer".

Battle Royale foi publicado em 2000 no Japão e sua história é baseada no livro Batoru Rowaiaru de Koushun Takami. No Brasil, o mangá começou a ser publicado em 2006 pela editora Conrad e teve sua distribuição interrompida em 2007 no volume 12. O mangá voltou a ser publicado em novembro de 2011 a partir do volume 13  e no mesmo ano foi encerrado.

O mangá conta a história de jovens do primeiro ano colegial que têm suas vidas mudadas depois de serem selecionados para o reality show O Programa. O Programa é um reality show realizado pelo governo que objetiva conter a desordem social causada pelos jovens e diminuir os danos que a rebeldia dos mais novos anda causando ao estado. Sendo respaldado pela lei ATO BR, o reality show consiste no sorteio de uma classe de estudantes para participar do jogo onde as principais regras são matar ou morrer.

Durante uma viagem no ônibus escolar à caminho da Shiro Iwa Junior High, os estudantes da Turma B são surpreendidos com um gás que os deixam completamente desacordados. Quando despertam, estão com um colar estranho preso ao pescoço, em uma sala de aula desconhecida e na companhia de um professor misterioso. O professor, então,  comunica que a Turma B da Shiro Iwa Junior High foi a selecionada na loteria sangrenta chamada O Programa.

O caos encontra espaço e o medo se aninha no inconsciente dos estudantes. Enquanto uns buscam acordar do pesadelo, outros procuram se convencer de que tudo não passa de um engano. Entre a agonia recorrente e o medo, as regras são lançadas: 42 jogadores competem até que reste apenas um; cada competidor receberá uma bolsa com suprimentos e uma arma selecionada aleatoriamente; os 42 estudantes estão em uma ilha deserta que será usada como arena; cada estudante possui um colar que envia sinais vitais e geográficos aos organizadores do reality show; e se durante 24h não ocorrer nenhuma eliminação, todos os colares serão detonados.


O horror e a violência presentes na competição são capazes de levar os estudantes à completa insanidade. Depois que o jogo se inicia, transtornos mentais que pareciam estar adormecidos despertam. Histórias de abuso sexual, maus tratos e sonhos transgressores são revelados e a partir de lembranças e flashs é possível conhecer o perfil de cada participante. Enquanto alguns mergulham no jogo e combinam com maestria medo, falsidade, desespero e assassinato, outros decidem não entrar na ideia do Programa e se armam do único recurso capaz de salvá-los: a esperança. Mais que um jogo, O Programa reflete até onde o homem pode chegar quando posto em situações extremas.

Quentin Tarantino ficaria de pelos eriçados com o excesso de sangue e insanidade presentes no mangá. É necessário dar uma preparada no estômago e se desarmar de algumas falsas moralidades para digerir o acontecimento dos fatos. Em uma rápida pesquisada no Skoob, constatei que o número de leitores ao longo dos volumes do mangá apenas diminuiu. Depois do volume nº 1 o número dos que leram despencou e não voltou a alcançar valores tão altos. A abordagem que o mangá dá em cima do comportamento humano mediante à morte e o medo talvez tenha sido a responsável pela fuga dos leitores (além do sangue e o sexo, claro).


Quem leu Hunger Games e se sentiu privado de sangue, sinta-se agora completo com Battle Royale. O excesso de horror é grande, porém necessário. Nenhum sangue é derramado de graça e a história consegue fluir límpida até o grande final. Os inúmero sustos que levei foram grandes, mas foram compensadores. Enquanto minha mãe se surpreendia na sala com os capítulos finais da novela das oito, eu me surpreendia no quarto com os volumes finais de Battle Royale. É possível encontrar o mangá para leitura online no Central de Mangás, ou seja, motivos não faltam para conhecer a história de Koushun Takami. Então, aventureiros de plantão, não percam mais tempo e entrem de vez na história surreal de Battle Royale.


Título: Battle Royale

Título Original: Battle Royale

Autor: Koushun Takami

Arte: Masayuki Taguchi

Ano da Edição: 2006

Volumes: 15

21 comentários:


  1. Eu tinha reconhecido o nome de algum lugar. Foi só começar a ler a resenha que me veio Hunger Games na cabeça. Tem outro livro que disseram que segue mais ou menos o mesmo esquema: "A Longa Marcha", do Stephen King. Eu já comprei o livro, mas ainda não comecei a ler! Se eu gostar depois te dou a dica! (:

    Eu não costumo ler mangá, mas se sai mais sangue do que nos filmes do Tarantino provavelmente eu iria curitr. Sou meio psicopata nesse aspecto hahaha Adoro ver um filminho com sangue (apesar de querer passar longe de algo assim na vida real)

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    1. Eu nunca li nada do Stephen King e fiquei intrigado com "A Longa Marcha", vou comprar e ler para ver o resultado.

      Obrigado pela dica, Andrea.

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  2. Battle será pra sempre um dos melhores mangás que eu já li té hoje. A história em si é achei genial e a falta pudor e misericórdia do autor para com os personagens é algo que eu só voltei a ver com o George Martin.
    Parabéns pela resenha Elder. Ficou muito boa, retratou exatamente do que se trata Battle Royale e deixou bem claro pros "desavisados" que não é um mangá para os de estômago fraco.

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  3. O filme, ainda que meio feito às marras, é bem interessante também (há o 1 e o 2). Eu parei de ler um tempo depois que a Mitsuko morreu :/ Fiquei muito chateado u____U

    Enfim, outra coisa interessante para se saber sobre BR: Algumas das feições desenhadas no mangá são impossíveis de serem feitas, e foram construídas depois de uma longa pesquisa do autor sobre feições e tal. ._.

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    1. Eu ainda não assisti os filmes. Não tive coragem, sinto cheiro de péssima adaptação, mas um dia, quem sabe, eu me arrisco neles. Em relação as feições, eu não sabia disso, não. Mas já dava pra imaginar, tem cada face estranha (principalmente quando a galera começa a ficar louca).

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  4. Eu morro de vontade de acompanhar um mangá.. e me interessei muiiiiiiito por esse..
    Serio mesmo.. O tema é muito interessante e eu amei a resenha, serio acho que ela também entra na mente não é possivel ahahaha
    Parabens quero muiiiiiito os mangas..

    beijos

    http://vdsweetlove.blogspot.com.br

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    1. Ah, lê lá pelo Central de Mangás! Eu li por lá. É melhor do que comprar, pois hoje, como já não é mais publicado, o preço de todos deve estar altíssimo.

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  5. Oi Elder!

    Nossa, parece ser bem legal essa série de mangás! E que história, né?? Lembra muito mesmo Jogos Vorazes, mas com os diferenciais, como você disse. Bom demais quando um livros nos faz viajar assim! rsrs

    Beijos,

    Marcelle
    bestherapy.blogspot.com

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  6. O mangá é ótimo, mas para poucos mesmo. Apesar de ter uns exageros característicos dos quadrinhos japoneses, é uma obra muito boa. Agora, apesar do roteiro ser feito pelo escritor, eu ainda prefiro o livro do Konshun Takami. =)

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    1. Eu ainda não comecei a ler o livro, mas penso que deve ser melhor mesmo. É uma pena que só tenha e-book em inglês, é sempre tão bom ler na minha língua nativa, mas esse eu leio em inglês mesmo :)

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  7. Nunca li mangás, um dia pretendo ler algum. Gosto de algumas HQ.
    é verdade que se lê de trás para frente?? Kkk' Sorry minha ignorância!
    Passa lá no meu blog?
    http://coracoesdeneve.blogspot.com.br/
    Estou te seguindo...

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    1. É, sim, Gabriel, Mangá se lê de trás pra frente, de início parece estranho, mas depois a gente se acostuma.

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  8. Faz tempo em que não leio mangás,esse parece ser uma boa pedida para reiniciar.
    Gostei demais.
    Abraço!

    Bruno
    http://oexploradorcultural.blogspot.com

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  9. Faz muito tempo que li Battle Royale, mas lembro de ter gostado bastante da estória, apesar de não ter simpatizado com os traços do desenhista. @.@

    Beijos,

    Samantha Monteiro
    Word In My Bag
    http://wordinmybag.blogspot.com.br/

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  10. Olá!
    Eu confesso que não gosto de mangá e afins, simplesmente não me cativam. Gosto mesmo é dos Gibis da Marvel e afins hehe
    Beijos

    Andressa
    umdiaacadalivro.blogspot.com.br

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  11. Na realidade eu não gosto de ler mangá. Já tentei gostar mais não deu rs.
    Mais cada um tem um gosto né?
    Beijos, Thami.
    http://t.co/WCEmnXSb

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  12. Nunca li mangás, não sei se faz meu estilo, mas fiquei com vontade de ler. Se eu tiver a oportunidade, não deixarei passar. ;)

    Beijos,

    Isie Fernandes - de Dai para Isie

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  13. Nunca tive a oportunidade de acompanhar um mangá. Ou talvez nunca tenha tido o interesse. Mas o engraçado é que acho legal quem ler mangá, anime e tudo mais. rs

    O mundo sob o meu olhar

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  14. Puxa tudo que é serie de Mangá eu gosto.. sou fã dos quadrinhos japoneses.. Eles fazem histórias incríveis e que eu acho, as vezes, renderiam um om livro ou filme.. Principalmente Bleach que eu gosto demais.. Pena que acabou mas disseram que ia voltar.. tomara.. abraços

    Me visita?
    Guilherme Kunz
    www.tematoa.blogspot.com.br

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    1. Eu fiquei sabendo que a NBC comprou os direitos de Battle Royale e que ela iria lançar uma série em cima do enredo da história. Seria interessante, né? Agora é só esperar.

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  15. Se não detestasse mangá, leria. Gosto da semelhança do enredo dele com a de Hunger Games - não o suficiente para ser plágio, mas o suficiente para me animar a ler :) Provavelmente procurarei o livro...

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