Um mês se completa desde a última vez que decidi dedicar algum tempo para o blog, mas tantas epifanias foram se acumulando nessas últimas semanas que cheguei a conclusão de que já estava além da hora de sentar e começar escrever. Mas tentando ser diferente do último post sobre curiosidades linguísticas e outros tantos detalhes acumulados, dessa vez decidi me focar apenas em dois eventos importantes que acompanharam o mês de outubro (e deixarei os outros tópicos para futuros posts): o fim de semana na casa do avô do Jacob, meu roommate, e o show do Two Door Cinema Club (observação importante para as inimigas: chorem agora antes de irem para o próximo parágrafo).
Os dias que precedem este post foram de gargalhadas que congelam na garganta e de paciência para tolerar os dias que estão ficando mais curtos e frios. The winter is coming e a vontade de ficar toda vida deitado na cama durante as manhãs só aumenta (não que eu não tivesse essa mesma vontade no Brasil). Por enquanto, infelizmente, nada de flocos de neve para poder tirar foto e agregar valor ao instagram, mas, em compensação, as amizades que estou criando por aqui estão me deixando alegre de maneira que nenhum like no instagram é capaz de deixar e tudo começou desde o fim de semana na casa do avô do Jacob.
Esse próximo parágrafo deveria ser dedicado a esse tal fim de semana, mas, no momento em que estava escrevendo, o meu roommate veio correndo na minha direção para dizer "Elder, is snowing!" É claro que, como bom farofeiro nascido ali próximo da linha do equador, corri para fora do dormitório só para assistir a neve caindo. Para o que não foi a minha surpresa, tinham mais quatro brasileiros farofeiros lá fora se divertindo com a primeira queda de neve das nossas vidas. Não tirei foto alguma, mas voltei para o calor do meu quarto com uma pontinha de felicidade por causa dessa manifestação da natureza que talvez seja insignificante para alguns. Mas dito tantos clichês, vamos voltar à programação normal.
No início do mês de outubro fui convidado pelo meu rommate para passar um fim de semana na cidade de Holley, especificamente na casa do avó dele. Não pensei muito e já tinha aceitado a empreitada antes que a pergunta tivesse chegado ao fim. Então dirigimos alegres para um fim de semana de altas confusões com uma turminha da pesada. O avó do Jacob tem talento com culinária e juntos fizemos todos as espécies de doces possíveis (se minha mãe estiver lendo isso, fique sabendo que mesmo assim ainda não sei cozinhar, beijos obrigado de nada). No meio de tanta massa e recheio, acabei aprendendo as diferenças entre cookie, brownie, cupcake e muffin (embora eu ainda continue achando muffin e cupcake a mesma coisa) e acabei comendo doce por quase um mês de tanta guloseima que a gente preparou.
A casa do avó do Jacob toma espaço à beira de uma estrada e se assemelha a uma mini-fazenda no meio do vazio. Uma das primeiras impressões ao botar os pés dentro da casa era de que iríamos começar as gravações da sequência de Terror em Amityville. O ambiente era démodé e o formato hiperbólico da casa dava a impressão de se estar entrando em uma espécie de abadia. Os móveis todos em estilo barroco e as prateleiras de livros, todas nitidamente empoeiradas, deixavam ao mesmo tempo um ar tradicional porém sinistro na atmosfera. Uma escada estreita que levava ao andar de cima e uma luz fraca tentando iluminar esse espaço entre os quartos, o corredor do andar de cima e a escada, faziam qualquer imaginação recorrer à filmes de terror/horror. Para meu infortúnio, minha imaginação que não é tão diferente das demais, lembrou de tudo o que o cinema vem exibindo nesses últimos anos no quesito terror e na hora de dormir apenas fiquei tenso e pensando em mil tretas.
O problema, porém, foi que durante a madrugada eu acordei numa agonia sem fim para usar o banheiro. Então, depois de tentar respirar coragem, abri a porta do quarto e cheguei até perto da escada que levava ao único banheiro da casa que ficava no andar debaixo. O problema é que olhei para escada sombria, pro vento frio que se movimentava perto de mim e para o meu squeeze bem do lado da minha mochila e tão perto de mim, mais perto que o banheiro, que não pensei duas vezes. Sai da "escada sombria do mal" e fui mitigar a aflição da minha bexiga na pobre garrafinha de líquidos (enquanto meu subconsciente me julgava). Dei fim aos serviços e, já me sentindo mais aliviado, voltei para cama e enrolado numas três camadas de cobertor continuei meu sono.
O fim de semana na casa à beira da estrada me deixou bem mais próximo do meu roommate e acabou me ajudando a perceber que temos muitas coisas em comum, tais como computação, nerdice e preguiça. Já bate até uma melancolia de pensar que no próximo semestre vou me mudar para outra cidade, outra instituição, outro dormitório e que vou recomeçar tudo de novo. Mas recebi convites para passar o Natal e o Thanksgiving na casa dele, o que me deixa de boa (pois a ideia de passar esses dois feriados sozinho no dormitório não brilhava muito meus olhos). Em novembro completo mais uma primavera de vida, e ele também se ofereceu para fazer uma festa para mim na sua residência, então tem muito evento para curtir até a gente se despedir e cada um seguir seu rumo em busca do dinheiro sem fronteiras.
Mas já começo o oitavo parágrafo e ainda nem comentei sobre o mega evento do mês de outubro: o show da banda Two Door Cinema Club. Não sei se todos conhecem, mas TDCC é uma banda de rock da Irlanda do Norte que possui um estilo que no meu quinto copo de vodka lembra tecnobrega, guitarrada e um pouco de Calypso. No início do mês de outubro eles anunciaram um show na cidade de Rochester, NY (há 45 min de distância de onde moro) e claro corri em alvoroço para comprar meu ingresso (e ainda arrastei mais uns três brasileiros que nem conheciam a banda para ir comigo porque sou desses que acham que felicidade só vale a pena se compartilhada).
Logo depois do acústico do Zeca Baleiro no Theatro da Paz, o show do Two Door Cinema Club no Water Street Music Hall tomou o segundo lugar na minha lista de melhores shows ao vivo (é importante frisar, porém, que eles ficam ali bem pertinho do show dos Móveis Coloniais de Acaju no Golden Mar). Os jovens cabeludinhos do TDCC apenas me deixaram mais fascinado pelo som da banda. O ao vivo foi além das minhas expectativas e o agito do show deixou minhas pernas doloridas por quase um mês (resultado do pula-pula intenso). No vídeo abaixo, é possível assistir a tentativa vã de capturar a melhor música na melhor parte do show. Se eu pudesse eu colocaria o vídeo numa moldura do lado da cama (?!), pois as memórias são sempre boas toda vez que assisto.
No final do show, corremos para uma balada lá mesmo pela cidade de Rochester e ficamos dançando até umas três da manhã. Os americanos mais uma vez me surpreenderam com seu jeito inusitado de dançar (ver vídeo da Miley Cirus no VMA 2013), mas até o meio da festa eu já tava vendo tudo na quarta dimensão e acabei subindo no palco como todo mundo e dançando dentro de uma jaula para mostrar que também sou ousadia (mentira, tava tão louco que nem sabia o que tava mostrando). O resto do mês, porém, foi de muito trabalho e agora novembro começa com altas expectativas para o Spring 2014. Sem mais a dizer, não perca o próximo post (em breve) nesse mesmo horário e nesse mesmo canal.
No início do mês de outubro fui convidado pelo meu rommate para passar um fim de semana na cidade de Holley, especificamente na casa do avó dele. Não pensei muito e já tinha aceitado a empreitada antes que a pergunta tivesse chegado ao fim. Então dirigimos alegres para um fim de semana de altas confusões com uma turminha da pesada. O avó do Jacob tem talento com culinária e juntos fizemos todos as espécies de doces possíveis (se minha mãe estiver lendo isso, fique sabendo que mesmo assim ainda não sei cozinhar, beijos obrigado de nada). No meio de tanta massa e recheio, acabei aprendendo as diferenças entre cookie, brownie, cupcake e muffin (embora eu ainda continue achando muffin e cupcake a mesma coisa) e acabei comendo doce por quase um mês de tanta guloseima que a gente preparou.
A casa do avó do Jacob toma espaço à beira de uma estrada e se assemelha a uma mini-fazenda no meio do vazio. Uma das primeiras impressões ao botar os pés dentro da casa era de que iríamos começar as gravações da sequência de Terror em Amityville. O ambiente era démodé e o formato hiperbólico da casa dava a impressão de se estar entrando em uma espécie de abadia. Os móveis todos em estilo barroco e as prateleiras de livros, todas nitidamente empoeiradas, deixavam ao mesmo tempo um ar tradicional porém sinistro na atmosfera. Uma escada estreita que levava ao andar de cima e uma luz fraca tentando iluminar esse espaço entre os quartos, o corredor do andar de cima e a escada, faziam qualquer imaginação recorrer à filmes de terror/horror. Para meu infortúnio, minha imaginação que não é tão diferente das demais, lembrou de tudo o que o cinema vem exibindo nesses últimos anos no quesito terror e na hora de dormir apenas fiquei tenso e pensando em mil tretas.
O problema, porém, foi que durante a madrugada eu acordei numa agonia sem fim para usar o banheiro. Então, depois de tentar respirar coragem, abri a porta do quarto e cheguei até perto da escada que levava ao único banheiro da casa que ficava no andar debaixo. O problema é que olhei para escada sombria, pro vento frio que se movimentava perto de mim e para o meu squeeze bem do lado da minha mochila e tão perto de mim, mais perto que o banheiro, que não pensei duas vezes. Sai da "escada sombria do mal" e fui mitigar a aflição da minha bexiga na pobre garrafinha de líquidos (enquanto meu subconsciente me julgava). Dei fim aos serviços e, já me sentindo mais aliviado, voltei para cama e enrolado numas três camadas de cobertor continuei meu sono.
O fim de semana na casa à beira da estrada me deixou bem mais próximo do meu roommate e acabou me ajudando a perceber que temos muitas coisas em comum, tais como computação, nerdice e preguiça. Já bate até uma melancolia de pensar que no próximo semestre vou me mudar para outra cidade, outra instituição, outro dormitório e que vou recomeçar tudo de novo. Mas recebi convites para passar o Natal e o Thanksgiving na casa dele, o que me deixa de boa (pois a ideia de passar esses dois feriados sozinho no dormitório não brilhava muito meus olhos). Em novembro completo mais uma primavera de vida, e ele também se ofereceu para fazer uma festa para mim na sua residência, então tem muito evento para curtir até a gente se despedir e cada um seguir seu rumo em busca do dinheiro sem fronteiras.
Mas já começo o oitavo parágrafo e ainda nem comentei sobre o mega evento do mês de outubro: o show da banda Two Door Cinema Club. Não sei se todos conhecem, mas TDCC é uma banda de rock da Irlanda do Norte que possui um estilo que no meu quinto copo de vodka lembra tecnobrega, guitarrada e um pouco de Calypso. No início do mês de outubro eles anunciaram um show na cidade de Rochester, NY (há 45 min de distância de onde moro) e claro corri em alvoroço para comprar meu ingresso (e ainda arrastei mais uns três brasileiros que nem conheciam a banda para ir comigo porque sou desses que acham que felicidade só vale a pena se compartilhada).
Logo depois do acústico do Zeca Baleiro no Theatro da Paz, o show do Two Door Cinema Club no Water Street Music Hall tomou o segundo lugar na minha lista de melhores shows ao vivo (é importante frisar, porém, que eles ficam ali bem pertinho do show dos Móveis Coloniais de Acaju no Golden Mar). Os jovens cabeludinhos do TDCC apenas me deixaram mais fascinado pelo som da banda. O ao vivo foi além das minhas expectativas e o agito do show deixou minhas pernas doloridas por quase um mês (resultado do pula-pula intenso). No vídeo abaixo, é possível assistir a tentativa vã de capturar a melhor música na melhor parte do show. Se eu pudesse eu colocaria o vídeo numa moldura do lado da cama (?!), pois as memórias são sempre boas toda vez que assisto.
No final do show, corremos para uma balada lá mesmo pela cidade de Rochester e ficamos dançando até umas três da manhã. Os americanos mais uma vez me surpreenderam com seu jeito inusitado de dançar (ver vídeo da Miley Cirus no VMA 2013), mas até o meio da festa eu já tava vendo tudo na quarta dimensão e acabei subindo no palco como todo mundo e dançando dentro de uma jaula para mostrar que também sou ousadia (mentira, tava tão louco que nem sabia o que tava mostrando). O resto do mês, porém, foi de muito trabalho e agora novembro começa com altas expectativas para o Spring 2014. Sem mais a dizer, não perca o próximo post (em breve) nesse mesmo horário e nesse mesmo canal.
É, quando a necessidade aperta o ser humano sempre encontra uma saída... no caso você encontrou seu squeeze.
ResponderExcluirMesmo já conhecendo a história não dá pra não rir... fica a pergunta se esse squeeze continua sendo usado ou até mesmo emprestado à outros pobres desavisados. hauhauhauhauha
Eu sirvo água pras inimigas nesse squeeze.
ExcluirELDERITO, LI ESSE POST FAZENDO TUNCHZ TUNCHZ TUNCHZ!
ResponderExcluirQue maravilha tuas experiências. Sequer vi a casa do avô de Jacob (Ron-Ron) e fiquei com medinho. (KD FOTOS?!)
E o show... que doara!
Tu é muito sensorial.
Ainda não sei porque não largaste essa vida de comPUTAção para viver de escrever. Mas conversamos sobre isso no Brasil.
À propósito, sinto MUITO a tua falta! ... Mas eu supero.
Continua te divertindo e vivendo intensamente e nos coloque a par de todos os babados norte-americanos.
Tu é um lindo.
Beijos nas nádegas <3
Por incrível que pareça eu não tirei fotos porque fiquei com medo de sair fotografando a propriedade alheia (sabe né, as coisas aqui por essas terra funcionam de jeito diferente). Mas vou voltar lá no thanksgiving, daí eu tiro.
Excluirhahahhahahaha putz no começo eu fiquei confusa eu li: O avó (verifica pra mim Helder ,o,)
ResponderExcluirDepois eu ri demais dos quilos de biscoitos e derivados (tu vens pro Brasil no cargueiro do avião e rolando o restante do caminho, só acho) , e eu mesma fiquei com medo dessa casa, me senti andando dentro dela apertada....claro que eu não poderia usar um squeeze... mas o vento, as estantes, o formato de abadia, vocês deveriam ter feito a festa de Halloween lá . Parabéns amei, continua escrevendo.. Eu adoro.
KKKKKKKKKKKKKKK AI ELDERITO ♥ que saudade que eu tava dos teus posts espirituosos! preciso disso pra viver, tu não entendes!
ResponderExcluirMe empresta do teu squeeze pra eu servir água pras inimigas também? xDD
Cara, eu li teu post sábado pelo cel, só agora pude comentar pelo pc T.T
fico muito feliz que as coisas estejam bem com você, confesso que estou com invejinha do Rony Weasley que agora é o teu BFF aí, mas também entendo que tu é amor demais para ser ´compartilhado só pela gente, tem que ser algo a nível global xD
Continue divando nível 100¹²³¹²³ aí ;)
saudades enormes de você, cuide-se e não coma todos esses doces! trás um poucos pra mim #gorda
beijos nas suas tetas fartas ;)
Esse squeeze já é meu amuleto, Jujubs, mas te empresto sim.
ExcluirPS: Não fique com ciúmes, meu coração tá sempre aí com você e todos os outros especiais pra mim.
Sem spam, por favor obrigado de nada.
ResponderExcluirHey, Elder!
ResponderExcluirRi muito lendo seu post, vc é bastante original! ahahaha
Você está fazendo intercâmbio onde?
Por quanto tempo?
Super legal seu blog, parabéns!
Beijo grande e ótima semana!
www.oblogdasan.com
ahah que legal :)
ResponderExcluirhttp://catsandties.blogspot.com/